quarta-feira, 14 de março de 2012

Testemunho: O nascimento de uma mãe! Relato do parto da Elena.

A história de como Deus foi me preparando para o grande dia em que realizaria a minha maior vocação:
 Ser Mãe.
Relato nascimento Elena Maria

 “Sim, fostes vós que me tiraste do ventre de minha mãe e, seguro, me fizestes repousar em seu seio. Eu voz fui entregue desde que nasci, desde o ventre materno vós sois o meu Deus”. (Salmo 21:10-11)

Quarta-feira, 6 de abril de 2011, despertei de madrugada, eram 05h30min, mas dessa vez não foi para fazer xixi, "como durante  quase toda gravidez".

Estava sentindo alguns incômodos no fim da coluna e algumas cólicas, isso parecia ter soltado meu intestino. Assim que levantei senti um estralo na parte baixa da barriga, observei que estava perdendo líquido, cheguei a pensar na possibilidade de ser a bolsa, mas era pouco, e então cheguei a conclusão que era o tampão.

Essa secreção tinha todas as características de ser tampão, mas o médico havia me dito que depois de sair o tampão, o dia do parto poderia levar ainda alguns  dias e o parto poderia demorar até 8 horas depois da primeira contração. E como era apenas um leve incômodo voltei a deitar.

Foi então que às 06h20min, quando meu marido acordou para trabalhar, contei para o ele (Ronald) sobre a perda de líquido e as cólicas que continuavam (bem fraquinhas). E Como eu já havia sentido esta cólica umas duas vezes, a uns 20 dias atrás, falei para o Ronald, que ele poderia ir trabalhar que qualquer coisa eu telefonava, mas as cólicas continuaram então o Ronald sugeriu que fossemos ao hospital para tirar as dúvidas (a data provável do parto pelo morfológico era ainda para o dia 20 de abril).

Naquela hora Arrumei a minha bolsa e a da Elena, o Ronald ligou para seu pai, que ia se atrasar para o trabalho, e eu liguei para milha mãe para dizer-lhe que estávamos indo para o hospital.

No caminho para o hospital eu estava bem tranqüila e o Ronald falou que, se não fosse desta vez, estaríamos treinando, para quando chegasse a hora certa, e ele me convidou para rezarmos, para que tudo ocorresse bem, então fomos rezando no resto do caminho até o hospital.
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Chegamos lá às 07h00min, falei na recepção que tinha perdido líquido e sentido algumas cólicas, e que talvez fosse à hora da Elena nascer. Nós preenchemos uma ficha e depois fomos encaminhados para uma sala onde fui examinada.

A médica disse que estava a dilatação completa, que eu faria apenas umas 3 ou 4 forças e o bebê já iria nascer, fiquei então mais tranqüila ainda. Até este momento não havia sentido nem uma dor forte, eram contrações bem leves.

Fui então, encaminhada para um quarto de pré-parto, foi quando outra enfermeira me examinou e falou que não estava na hora que tinha apenas 2 dedos de dilatação,  e aí comecei a ficar um pouco  nervosa, pois começou a sair mais líquido, acho que desta vez foi a bolsa que estourou.

Desde o início, eu meu esposo queríamos um parto mais natural possível, e com o mínimo de intervenções médicas, pois a recuperação é mais rápida, melhor para o bebê, não ficam cicatrizes...
Restava apenas, aguardar o grande dia. Eu estava então preparada para o grande momento que viveria naquela manhã: dar a luz a nossa pequena Elena Maria.
Fui encaminhada novamente para o quarto, esperar que aumentasse a dilatação, foi quando comecei a sentir as contrações mais fortes e agora com dor, eram 07h20min. Eu só pensava que queria viver tudo o que Deus tinha reservado para mim.
O colo do útero estava se abrindo, era uma dor que vinha e passava, o Ronald estava comigo e segurava na minha mão, conversava comigo para me distrair. Mesmo com as contrações eu estava muito feliz, pois traria ao mundo uma filha muito desejada, tão esperada.
 As funcionárias do hospital que passavam pela porta comentavam sobre mim, “esta sim é guerreira”, por que de 5 partos naquele dia eu era a única que era parto normal.
A confiança em Deus, o amor pela criança que vai nascer, e o amor do marido, ajudam muito nesta hora de ter um filho. Pois quando se está feliz o medo vai embora e conseguimos dominar a dor, que se torna mínima em relação a tão grande alegria.
Eu estava sendo co-criadora junto de Deus, era uma alegria muito maior que a dor. Minha sogra chegou e estava vestindo uma camiseta com a imagem de Jesus misericordioso, e eu olhava para a imagem d’Ele e sentia que Deus estava realmente bem próximo de mim.
Eu pensava que havia passado uns 15 minutos, então perguntei para o Ronald à hora, eram 08h30min, na verdade já tinham passado mais de uma hora,estava correndo tudo bem rápido. Algum tempo depois disso a sensação mudou e agora já não era mais dor, mas era uma necessidade de fazer força quando vinham as contrações (semelhante ao reflexo de evacuar).

Quando observaram que eu estava fazendo muita força, chamaram a enfermeira novamente, andando ela me encaminhou para sala de pré-parto, me examinou e agora estava à dilatação completa, então fui caminhando para sala de parto.

Não sei por que motivos não deixaram nem meu marido nem minha sogra acompanhar o parto.
Quando “o médico” chegou, ele perguntou “cadê o obstetra” e a enfermeira falou “não tem, é você mesmo que vai fazer”. O obstetra viria à tarde para fazer 4 cesáreas, creio que as enfermeiras achavam que a Elena demoraria mais para nascer e daria tempo do obstetra chegar.

Na sala de parto, eu já não sentia mais dores... Sentia apenas necessidade de fazer força.

Segurei nos apoios e fiz força com vontade! Nesta hora vêm os incentivos "está indo muito bem, continue assim, respire”... Eu fazia força, mas esquecia de respirar, e então o enfermeiro colocou oxigênio em mim.

Mesmo sendo meu primeiro parto, me mantive calma e confiante durante todo o tempo, deixei Deus tomar o controle de tudo.

Até que entre uma força e outra a ELENA nasceu, eram 09h20min da manhã do dia 6 de ABRIL de 2011. Seu peso era 2,770kg, com 47cm de comprimento e perímetro cefálico de 34 cm.

Finalmente a trouxeram-na para mim, era linda! E a enfermeira colocou-a sobre meu peito, e ela parou de chorar imediatamente.

E foi assim que veio ao mundo minha primeira filha, foi assim que me tornei uma MÃE!

Sagrada Família de Nazaré nossa família vossa é!!!


2 comentários:

  1. Que lindo! Emocionante .. parabens pela Elena! Estou gravida de 17 semanas.. e ansiosa para esse grande dia , em que irei conhecer meu bebê! . Fico Nervosa quando penso , mas por outro lado , fico alegre que acabo esquecendo esse nervosismo! Nossa Senhora , que ela passe a frente deste dia .. e de todos os outros! Amém!

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  2. Muito lindo e emocionante mesmo! Estou grávida de 16 semanas, na minha primira gestação fiz cesarea, mas agora me sinto pronta para o parto normal... claro que tenho medo das dores, mas tenho certeza que Nossa Senhora estará comigo, e tudo ocorrerá bem

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