Toda mulher saudável é capaz de dar a luz através de um parto natural.
Uma dica é você escrever um plano de parto, visitar com antecedência a maternidade para conhecer o lugar e a forma de atendimento.
Tenho assistido a vários relatos de partos e alguns acabaram em cesariana...estas mulheres desejavam muito ter um parto normal, mas pelo que pude constatar os médicos não compartilhavam da mesma opinião eles preferem que a mulher faça uma cesariana por ser mais prático para a equipe médica e mais rápido.
A maioria dos partos acabam sendo dirigidos por outras pessoas e não pela própria gestante que deveria ser a protagonista deste momento.
A gestante chega no hospital e é medida a dilatação depois de tempo em tempo vêm novamente medir, o que acaba gerando na parturiente uma certa ansiedade e muitas vezes decepção quando a dilatação parece estar muito lenta em comparação com a dor que esta sentindo e isso atrapalha o trabalho de parto.
Muitas vezes a gestante passa o trabalho de parto deitada e isso não ajuda em nada, a parturiente precisa estar ATIVA; caminhar, agachar, ficar no chuveiro quente, sentar na bola, mesmo quando estiver na cama experimentar outras posições, e quando a dor parecer insuportável ficar dentro de uma banheira com água quente...
O ambiente deve ser aconchegante, pouca luz, silêncio e com a presença somente de quem a gestante confia e se sente à vontade.
A gestante pode comer e tomar água durante o trabalho de parto. Se o médico proíbe a gestante de comer é porquê já está preparando-a para uma cesariana.
Cada mulher tem um ritmo diferente de dilatar, enquanto umas dilatam 1 cm por hora, outras, como eu, demoram 2 horas e o bebê já nasce...
Não há necessidade de colocar ocitocina sintética(“sorinho”) durante o trabalho de parto. A ocitocina deveria ser usada apenas quando há necessidade de induzir o parto.
Outra coisa que é feita de rotina no hospital é a episiotomia, um procedimento desnecessário pois o próprio corpo estará preparado para a passagem do bebê, desde que ele nasça no momento correto, depois do próprio corpo da parturiente mandar os sinais de que está na hora de fazer força.
No parto natural a vontade de fazer força vem quase que involuntária, teu corpo de obriga a fazer força (semelhante ao reflexo de evacuar).
Outro erro é o médico ou a enfermeira te mandarem fazer força quando você chega a 9 ou 10 cm de dilatação, quando teu corpo ainda não te pediu isso... No parto da Maria quando estava com 9 cm a enfermeira disse pra eu fazer força e eu recusei.
Não há necessidade de romper a bolça de forma artificial, isso vai fazer com que a dor aumente ainda mais. No momento certo vai romper ou pode acontecer igual no nascimento da Maria, ela veio primeiro e a água depois, quase deu um banho na enfermeira.
O momento de ir para o hospital é quando as contrações estiverem ritmadas de 10 em 10 minutos ou 5 em 5, 3 em 3 se o hospital for perto.
Há também as contrações de treinamento que são sem ritmo e na maioria das vezes sem dor ou com uma dor bem suportável. Durante estas contrações o melhor é ficar em casa, tomar banho quente, caminhar, descansar...
Não há necessidade de fazer exame de toque durante as consultas do pré natal, é NORMAL não ter dilatação fora do trabalho de parto. Tem mulheres que acabam fazendo cesárea por falta de dilatação, mas na verdade e que elas não tinham ainda iniciado o trabalho de parto.
Estando tudo bem com a Mãe e o bebê da para esperar até 42 semanas e nascer naturalmente.
Não se deve forçar a saída da placenta, ficar rotacionando a placenta pode causar hemorragia, ela deve “nascer” naturalmente.
O ideal é que o bebê tenha o primeiro contato pele à pele com a mãe imediatamente após o parto e seja amamentado já na primeira hora de vida com o colostro.
Se você deseja ter um parto normal, estude, se prepare, saiba quais sãos os teus direitos e o que é violência obstétrica para que não acabe fazendo uma cesárea desnecessária.
Quanto menos intervenção externa, melhor será vivido o momento do parto.
Bom parto!
Nossa Senhora do bom parto, rogai por nós!
