sábado, 1 de fevereiro de 2020

Nunca pensei que aconteceria comigo...



Quem acompanha o blog já deve saber que eu e meu marido atualmente, não usamos nenhum método contraceptivo, nem mesmo o Billings ou outro método natural.

Mesmo eu tendo ovários policísticos, que faz com que meu ciclo seja muito irregular (Até 3 meses sem menstruar), tive quatro lindas crianças.

No final do ano passado (2019) fiquei muito feliz com a possibilidade de estar grávida, mas não estava.
Em janeiro deste ano (2020), no dia 12 (domingo) fui ao banheiro e percebi um pouquinho de muco marrom, pensei na possibilidade de ser nidação (quando o embrião se fixa no endométrio). Nos outros dois dias (13-14) saiu um pouquinho mais de sangue, no dia 15 aumentou o sangramento e pensei que era então menstruação.

No dia 16, quinta-feira, o sangramento aumentou mais ainda e começou a dar cólicas bem fortes, me deitei um pouco e depois fui ao banheiro e percebi que havia saído algo estranho de dentro de mim, e não era apenas sangue, mas também como que um pedaço de carne gelatinoso no tamanho da palma da minha mão em formato mais ou menos de meia lua com uma bola de sangue escuro no meio e nos lados como que células de gordura enrugada em uma face e lisa no outro lado. Eu observei bem para poder contar para a médica. Tentei marcar um ultrassom, mas só teria vaga na próxima segunda.
No resto do dia e também no outro continuou saindo alguns coágulos, depois permaneceu sangramento semelhante a menstruação até dia 19.

Pesquisei na internet o que poderia ser e encontrei imagens semelhantes com o que vi sendo caracterizado como aborto espontâneo, fiquei bem abalada não querendo acreditar.

Fiz o ultrassom no dia 20, segunda feira, e a médica disse que a imagem do meu útero indicava “gravidez inicial” ou “aborto incompleto” ou ainda que poderia ter dado aborto de um bebe e ter ainda outro vivo. Ela mandou fazer um Beta quantitativo, para confirmar a gravides e deu 846,4. Eu estava realmente grávida, fiquei tão feliz, comecei a fazer as contas que poderia nascer no dia do nosso aniversário de casamento, no dia 20 de setembro...mas a Dra. pediu para eu repetir o exame 3 dias depois para ver se os valores iriam aumentar ou diminuir...Eu estava sentindo alguns enjoos e cólicas fraquinhas.

Quando peguei o resultado na manhã do dia 28 de janeiro, não pude segurar as lágrimas, tamanha foi minha tristeza, os valores haviam baixado para 226, realmente tinha ocorrido um aborto espontâneo...passei o resto do dia e o outro chorando...

O que está me ajudando a superar esta perda é a FÉ em Deus, que tudo sabe. Tem uma frase que sempre guardo no meu coração, para não desesperar nos momentos difíceis, que é: “TUDO CONCORRE PARA O BEM DAQUELES QUE AMAM A DEUS”. Agradeço a Deus pelos meus 4 filhos, que são uma grande bênção, e agora tenho mais um filho que conhecerei somente no CÉU...

 Pesquisando sobre as causas do aborto espontâneo encontrei em vários artigos ovário policísticos na lista das possíveis causas, fiquei surpresa porque eu realmente não sabia disso.

Agora vou fazer um tratamento de 3 meses com Metformina para tratar os ovários. Pesquisei que existem tratamentos mais naturais para ovários policísticos como suplemento de Inositol (Biotina, VitaminaB8) e também mudança na alimentação aliada a atividade física. Ingerir frutas, verduras, legumes, fígado, ovo, sementes, tomar mais água e ingerir menos açúcar, café e refinados.

Eu não sei qual a vontade de Deus para nossa família. Vou fazer o tratamento e terei mais quantos filhos Deus quiser...

SAGRADA FAMILA DE NAZARÉ
NOSSA FAMILIA VOSSA É.


OBS* Por mais que queiram nos convencer de que são “apenas” células; a partir do momento da concepção já é uma VIDA e ninguém tem o direito de tirar. Eu sei o dia da concepção de cada um dos meus filhos, ainda que tivesse ocorrido aborto com algum deles, depois de uma semana da concepção, seria um deles que não teria nascido.
Querem que acreditamos ser normal passar por um aborto espontâneo, NÃO É, se ocorreu é porque houve algum problema, que deve ser investigado. Pode até ter se tornado mais frequente depois da pílula anticoncepcional, mas NUNCA SERÁ NORMAL.